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   segunda-feira, janeiro 22, 2007
Eu tava bêbado.



   domingo, janeiro 21, 2007
Acabei de ver pela segunda vez Laranja Mecânica. E dessa vez curti muito mais, este filme me abriu os olhos.



Me trouxe iluminação, ó queridos maltchikes!

Mas o que eu obtive disso não é o mesmo que vocês obterão. Pode ser melhor, pode ser pior, mas nunca vai ser igual. Viva!



   quinta-feira, janeiro 18, 2007



Dizem os antigos que quando um cometa passa próximo à Terra, um período de catástrofes naturais e desgraças recai sobre o planeta. Mas desgraças acontecem a todo momento, com ou sem cometa. Eu até queria ver esse tal de McNaught, mas na cidade de São Paulo e com o tempinho nublado de hoje não vai ser possível. Foda-se.

Então fica aqui o top três dos hits do momento:

1 - Pegar carona nessa cauda de cometa - Balão Mágico, McNasty e eu fazendo o post
2 - Chegou a tempestade devastando o lugar, e quem viu desesperou-se e comecou a chorar - Maskavo Kyrill
3 - Se o chão abriu sob os seus pés e a segurança sumiu da faixa - Camisa de Vênus e dona Abigail

Tem mais algum hit do momento? Comentaê!



   segunda-feira, janeiro 08, 2007
No ano passado eu não escrevi muito no blog porque também estava correndo mundo: Comecei o ano no meio do sertão nordestino. Curti umas noites mutcholocas e desci o Rio São Francisco. Depois fui ao Rio Grande do Sul, e de lá voei direto aos Estados Unidos, onde fiz várias road trips. Já quase no meio do ano fui à Salvador, olhei um guia de turismo e passei na ilha de Itaparica. Depois fui a Lima no Peru, e depois para descansar um pouco passei uns dias em Itaguaí, no interior do Rio. Me acharam verdadeiramente maluco lá. Mas depois eu que me achei maluco de verdade, perambulando pelo Rio de Janeiro, totalmente sem noção. Para desanuviar fui até a Alemanha, mas ainda duvidava da minha sanidade. Voltei cá pra América do Sul e fui dar um rolé nos Andes. Depois, já no Caribe, passei um puta perrengue à deriva. O negócio mesmo é voltar pra Santos, mas lá também estava tudo um caos só. Nem tentando encontrar paz num mosteiro beneditino na Itália eu tive sucesso! Mas é a vida, né não? O negócio é encher a lata em uma noite regada a vinho em qualquer buraco, e foi o que fiz antes de ir descansar numa simpática cidade praiana na Itália. Então fui à Inglaterra, onde passei um tempinho antes de ir para a Tailândia. Que lugar! Que piração! Apesar das belezas naturais foi um dos tempos mais pesados do ano passado. As últimas viagens do ano foram para Ucrânia (doideira), França (ótima) e Espanha, onde encontro-me empacado. Agora pretendo ir ao Afeganistão ou ao Inferno, que dependendo do ponto de vista pode dar no mesmo. Maiores detalhes das viagens logo abaixo.




















Lidos em 2006

Os Sertões - Euclides da Cunha
Noites Tropicais - Nelson Motta
O Velho Chico ou a vida é amável - Dirce de Assis Cavalcanti
O Tempo e o Vento - Érico Veríssimo
On the road - Jack Kerouac
O canto da sereia - Nelson Motta
A volta ao mundo de Casseta e Planeta - Casseta e Planeta
O sorriso do lagarto - João Ubaldo Ribeiro
Tia Júlia e o escrevinhador - Mario Vargas Llosa
O Alienista - Machado de Assis
Estorvo - Chico Buarque
O lobo da estepe - Hermann Hesse
Lituma nos Andes - Mario Vargas Llosa
Relato de um náufrago - Gabriel Garcia Márquez
Santos - J.R.Duran
O nome da rosa - Umberto Eco
Noite na taverna - Álvaro de Campos
Mário e o Mágico - Thomas Mann
O retrato de Dorian Gray - Oscar Wilde
A praia - Alex Garland
Taras Bulba - Nicolai Gógol
Naná - Émile Zola
Dom Quixote - Miguel de Cervantes



   sábado, janeiro 06, 2007
Que eu sou hipocondríaco, tô cansado de saber. Mas é foda sentir dores no peito e a respiração superficial, cada vez mais. De repente tudo fica meio esquisito: meio sonho. Como se já não bastasse isso, as mãos começam a formigar. A formigar e a travar. Agora é o lábio superior que está formigando e travando. Fodeu!

É uma puta bad trip, e já aconteceu mais de uma vez. Na penúltima vez eu fui parar no pronto-socorro achando que estava infartando. Mas não - o eletrocardiograma acusou normalidade. O médico disse que era bom que eu procurasse um cardiologista só pra me certificar que estava tudo ok com o coração véio. Durante os exames ele perguntou se eu sou ansioso (muito, disse eu), se eu ficava mais assim em lugares abertos ou fechados, perguntou como havia sido o dia de trabalho, etc, etc. É claro que ele desconfiava de um simples piripaque. E disse para além de procurar o cardiologista, procurar depois um psiquiatra, que poderia receitar um ansiolítico ou algo do tipo. Explicou que o que eu senti não era loucura ou frescura, mas muito provavelmente era um ataque de síndrome do pânico. Na hora que eu estava fazendo os exames eu já havia desconfiado disso. Eu desconfio de tudo mesmo.

E o médico me receitou lexotan. Pronto! Tudo o que eu não curto de uma vez só: Psiquiatra, lexotan... No psycho eu até posso ir, mas depender de remédios eu não estou afim não. Não quero, drogas só pra uso recreativo.

E não utilizei a porra do lexotan. Quer dizer, tomei metadinha ao acordar no outro dia e depois ignorei o remédio, mas deixava uma caixinha na mochila pra o caso de eu ficar ansioso demais no trampo, como é de costume.

E ontem eu estava assim. Depois de um pé na jaca mas já sem efeitos da cachaça, estava agitado que nem um siri na lata. Fiquei a manhã inteira desse jeito. Na hora do almoço fui dar uma cochilada no carro de um amigo e voltei ao trabalho. Nem o cochilo adiantou e eu fui ficando cada vez pior. E o pior é que justamente esse era o único dia que eu tinha esquecido a porra do lexotan em casa. Merda!

Umas quatro da tarde eu já estava no auge do tremelique, respiração curta e suor frio. O peito doía, como sempre. Agora eram as mãos que já começavam a formigar. Fodeu de novo! É ataque de piripaque!

Desci e fui me sentar nos banquinhos do condomínio, debaixo das árvores. Pra respirar fundo. Me convencer de que era tudo do côco e ficar mais calmo. Liguei pro meu amigo em cujo carro eu havia ido dormir. Eu tinha dado uma pílula pra ele na semana anterior, ele é um dos mais doidões do trabalho. Mas ele havia deixado em casa. E me perguntou que porra era que eu estava sentindo. "Deve ser bem louco", disse ele. É, amigão, é louco pra caralho, mas é uma puta bad trip!

Um pouco melhor, subi, respondi uns emails, ajudei meu partner em umas tretas, falei ao telefone com um amigo que também é cliente e tentei voltar ao normal. Mas qual! Quatro e meia eu pedi à minha coordenadora pra ir embora porque eu estava passando mal. Na falta de uma desculpa melhor falei a verdade: É ataque de síndrome do pânico, eu sei que não é nada mas eu não consigo controlar. Ela disse pra eu ir e eu falei que desceria só pra melhorar um pouco e depois subiria pra pegar minhas coisas e dar no pé.

Não fiquei prestes a morrer, mas só melhorei efetivamente ao chegar em casa e dropar uma daquelas pílulas mágicas.

Besteira, mas dá um pouco de vergonha de ficar nesse estado.

Parando pra pensar, vejo que já tive disso outras vezes. Quando descia de carro com o Babbah eu fiquei travadinho. Quando voltei do fim de semana no guarujá e acabei de comer aquele baião de dois, eu fiquei travadinho. Quando voltava de maresias, na estrada eu fiquei travadinho. Quando eu subia na van da ponte orca eu fiquei travadinho. E demorei pra destravar, viste? Depois de destravar dá um suadouro da porra. Mas no episódio da van eu destravei só o suficiente pra sair da van ao chegar no metrô e não entrei no metrô antes de destravar total.

Eu sou um dos piores tipos de gente ansiosa. Daqueles que não deixa transparecer. Então o terremoto é interno: É forte e desequilibra toda a química cerebral. Como eu ainda ajudo muito a desequilibrar meus níveis de serotonina e noradrenalina com substâncias ilícitas, isso faz secar a fonte ao ponto de disparar o gatilho que inicia esses sintomas.

Meus ataques normalmente acontecem antes, ou depois do trabalho (ontem foi durante) e depois de noitadas fortes. Aí dá pra fazer uma equação simples: noitada (enxurrada de endorfinas) + ansiedade (sempre presente, mas maior durante o trabalho) = PIRIPAQUE.

Não vou parar nem de ser ansioso nem de enfiar o pé na jaca. Mas não custa nada tentar mudar um pouco a postura e fazer cálculos simples para manter minhas glândulas endócrinas produzindo bem e mantendo disponíveis as substâncias necessárias, porque a falta de uma nanogota pode zoar tudo.

Ed Gardenal, uma vez mais expondo sua intimidade ao mundo. (Depois reclama, né filho da puta?!)



Acabo de receber no celular uma mensagem de uma grande amiga que vivia me falando pra parar com doideiras: Ed, acabei de tomar uma anfeta, fumei um banza e tomei cinco benflogins. Lembrei de você. Beijos!

Não curti muito a mensagem...



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